Como é a terapia com o Psicodrama?
- Daniel Lacerda

- 22 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 2 de nov.
Talvez você nunca tenha ouvido falar em psicodrama. Este é uma abordagem terapêutica que, como indica o nome, nasceu a partir do teatro. Vem do grego Psiqué (alma) somada a palavra drama (ação): é a alma em ação. Essa técnica foi desenvolvida por Jacob Levy Moreno e, desde então, tem sido utilizada em diversas áreas da psicologia como por exemplo, com a técnica de role playing.

Então se nasceu do teatro, as sessões de terapia em psicodrama são como montar/atuar em uma peça? Não! Se esta foi uma preocupação que surgiu ao ler a introdução, me permita te tranquilizar. Na sessão nós não montaremos uma peça e faremos teatro.
Geralmente quando pensamos em uma sessão de terapia, provavelmente vêm a mente uma longa conversa com alguém. O psicodrama permite que o corpo seja usado também, expandindo a possibilidade da terapia para além da palavra.
A ferramenta que torna o psicodrama tão especial é a dramatização: em vez de apenas falar sobre problemas, existe a possibilidade dos pacientes atuarem suas experiências. Te explico: imagina se fosse possível que sua raiva falasse? Que fosse possível dar voz a uma parte do seu corpo que está sempre desconfortável ou com dor? No psicodrama isso é possível sim.
E vou além: para a minha abordagem, contar a história já é reviver a situação. Os cheiros, imagens, sentimentos e emoções ficam ali bem próximos. Dramatizando, podemos explorar uma infinidade de coisas, mas em especial, podemos ver as nossas experiências sob perspectivas novas.
O objetivo com isso, é o de resgatar a espontaneidade e a criatividade de quem nós estamos cuidando. E esses conceitos são um pouco diferentes do que vêm a nossa cabeça quando os lemos. De forma resumida, juntos, nós vamos buscar a possibilidade de criar respostas novas dentro de situações antigas, sendo mais fiel a você mesmo e a valores que te fazem sentido.

Neste pequeno texto, minha intenção era a de mostrar um pouquinho como pode funcionar uma sessão individual pautada no psicodrama. Tudo isto sobre dramatizar não acontece de surpresa; existe um método, uma preparação, e mais importante: existe consentimento para que aconteça. Toda dramatização é um convite, e todo convite pode ser recusado.
Por falar em convite, deixo aqui mais um: caso tenha despertado sua curiosidade ou tenha ficado alguma dúvida, me manda uma mensagem no botão abaixo.

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